referências bibliográficas, abril de 2025
haikus, meu filme preferido da adolescência, show do gil, sendo talvez a única pessoa a falar mal do segundo episódio de the last of us, entre muitas outras coisas, até mesmo trecho do meu diário
🛸 olá, internautas! 🛸
em abril, trabalhei muito, descobri que tô com um edema ósseo no meu pé, gastei muito mais dinheiro do que devia, travei minha coluna de estresse mais uma vez, voltei pra minha antiga psicanalista, não consegui mandar uma edição pra geral dessa newsletter, fui visitar meus pais no mato pela primeira vez depois da partida da léia. foi menos triste do que esperava; a lélinha faz falta, mas ela tá tão presente no meu coração que tudo fica bem. é mais difícil a ausência dela quando vejo vídeos do totoro e não tenho um ser tão puro e fofinho do meu lado pra abraçar cheia de carinho.
esse mês, também mudei de celular – algo que não fazia desde 2018. claro que isso me fez pensar muitos pensamentos quanto às cultura e prática digitais que nos são impostas. a maioria de raiva. me senti profundamente agredida pelo tanto de aplicativo que já vem nos celulares atuais, me estressei pra caralho reorganizando tudo de novo no dispositivo, quis cometer uma quantidade imensurável de crimes contra todos que praticam a obsolescência programada, ainda não terminei de configurar tudo que preciso. nada contra meu celular novo, tô gostando dele. nem contra meu velho, sempre no meu coração. eu só realmente não aguento mais a hegemonia da cibercultura. e toda vez que penso que isso é só o começo (porque é), sinto que mais um pedacinho da minha alma morre.
por sorte, agora no fim do mês fui ao show do gilberto gil e todos os buraquinhos do meu espírito foram preenchidos. voltei a estar cheia de axé, prana, chame do que quiser – só sei que é uma energia que alimenta.
quero escrever sobre bastante coisa aqui na newsletter, mas tenho tido dificuldade de encontrar ângulos que me convençam a sentar e escrever. quero escrever sobre o substack, sobre aplicativos de tracking de leitura e mercado do livro, sobre a digitalidade como lógica. vira e mexe me pedem pra falar mais de ia ou de como a cibercultura já extrapola os objetos digitais, sou louca pra falar de vibe e linguagem. faço, então, um convite formal a vocês: conversem comigo. me contem suas dúvidas, seus incômodos, suas observações. eu, particularmente, sou movida por incômodos difíceis de explicar. então, por favor, me contem aquilo que vocês não entendem. aquilo que vocês querem entender. podem me responder nos comentários de qualquer edição, podem me mandar longos e-mails, podem abrir uma thread naquele chat que temos. fiquem à vontade. eu sou uma pessoa que funciona em diálogo e essa newsletter é, sempre foi e sempre será um espaço pra conversa. e, pra isso, preciso de vocês.
em outras notícias, aqui vão algumas coisas aleatórias em que pensei esse mês:
a taylor swift devia ler fausto;
vai ser horrível ter que viver um novo lançamento da lorde com o tiktok. todo o Poder da música dela vem de te fazer dançar muito louca e possivelmente louca de droga numa catarse de emoções; isso JAMAIS pode ser coreografado!!! ou filmado propositalmente;
a internet chinesa não é a solução pros problemas que temos;
a anarquia É a única maneira de organização social e política decente;
falta um neto kpoper na família gil pra ensinar o vô a fazer o mini coraçãozinho coreano com os dedos
meu headcanon é que a música preferida do papa francisco era andar com fé
de resto, aqui vão as referências bibliográficas de abril.